Se deixar a torneira aberta, a Mulher Afogada desperta.
Livro de Regras de Ordem Paranormal RPG
A Mulher Afogada é uma criatura paranormal de Sangue com complemento de Energia e Medo que se manifesta a partir de mulheres que morreram em afogamentos brutais e trágicos, seja de forma acidental ou assassinada.
Sua primeira aparição foi no 9º episódio de Desconjuração, sendo uma das criaturas presentes na Mansão Endiabrada, onde se apresenta como um líquido gosmento avermelhado que se locomovia pelo encanamento da casa.[1] Esta se manifestando a partir do corpo de Fátima Mare, originada pelo conto de terror escrito por Daniel Hartmann,[2] se tornando real com o Ritual de Assombração Forçada.[3] Essa manifestação foi morta por um tiro à queima-roupa de Arthur Cervero, enquanto tentava entrar no corpo do mesmo para afogá-lo.[4]
Aparência[]
A Mulher Afogada inicialmente se mostra como uma espécie de líquido de Sangue, sendo viscoso e avermelhado, com seu material mucoso sendo semelhante a gosma vista em resíduos de Zumbis de Sangue quando mortos. Sua consistência estranha e seu comportamento faz o líquido parecer ter vida própria, e não mancha a pele de qualquer maneira quando tirado do corpo.[5] Quando livre dos encanamentos, sua forma física se assemelha a um corpo feminino nu de porte grande que derrete nessa mesma gosma de uma forma em que seus órgãos pútridos pareçam derreter junto. Ela tem a cabeça com um rosto totalmente desfigurado e com dentes extremamente compridos e afiados em volta de sua boca, dando-lhe uma grande força de mordida que facilmente deceparia um membro humano,[6] além de no topo da cabeça possuir tentáculos que se assemelham a cabelos trançados feitos de vísceras. Em suas mãos há garras longas que usa para retalhar suas vítimas.[7]
Comportamento[]
Enquanto em sua forma de Sangue, ela é capaz de se manifestar em qualquer fonte de encanamento de um local assombrado, sendo invencível enquanto nessa forma. O material se mostra como um lodo, mas diferente do Lodo Preto, esse líquido tem um comportamento violento e impulsivo, tentando puxar e asfixiar qualquer um em seu alcance mais próximo.[8] Ele se demonstra muito forte, requerendo uma força extrema pra ser dispersivo.[9]
Caso seu Enigma de Medo seja solucionado, ou seja, todas as saídas de água do lugar sejam bloqueadas; o registro hidráulico seja fechado; e todas as torneiras do lugar forem abertas ao mesmo tempo,[2] ela será forçada a se manifestar fisicamente, impossibilitada de voltar à encanação quando próxima de derrotada. Enquanto na sua forma física, ela age de forma bastante agressiva, atacando de maneira bestial a todos que entrarem em seu caminho.
História[]
A Mulher Afogada foi originada de uma lenda feita para crianças se conscientizarem sobre o desperdício de água. Porém, essa história tomou proporções terríveis após o famoso escritor de terror Daniel Hartmann adaptou essa história para um conto em um de seus livros,[2] usando de referência o relato de Frederico Mare e sua experiência com o paranormal.[10]
O conto da Mulher Afogada[]
"Bom, parece que não tenho muito o que fazer além de esperar o encanador terminar seu trabalho, então pelo menos tenho tempo de te contar uma história."
"Eu achava que a Mulher Afogada era apenas uma mentirinha que minha mãe me contava para que eu parasse de esquecer a torneira aberta. "Se deixar a torneira aberta, a Mulher Afogada se desperta."
"Quando eu tinha 10 anos de idade essa história bem que funcionava, e eu me lembro até de comicamente abrir a torneira o mínimo que eu pudesse, usando apenas algumas gotas para molhar a escova de dentes. Sempre analisando concentrado se a cor da água tinha algum tom avermelhado."
"Afinal, eu morria de medo que ela me puxasse e me devorasse."
"Lembro também que nessa época meu sonho era ter uma grande piscina no jardim, já que eu aparentemente era o único na minha turma que não tinha uma em casa. Minha mãe dizia que era para prevenir que a Mulher Afogada dormisse lá. Obviamente, era só uma mentirinha para esconder o fato de que nós não tínhamos condição financeira para ter uma piscina."
"Ou pelo menos era o que eu pensava."
"Hoje, com 28 anos, pude finalmente realizar esse sonho com minha esposa. Infelizmente, minha mãe não está mais viva para poder aproveitar essa conquista comigo. Ela se foi logo após eu me formar, graças a um pequeno deslize que teve enquanto preparava seu banho, batendo o pescoço na beira da banheira."
"O mais doloroso foi descobrir que ela não morreu imediatamente, apenas perdeu o movimento do corpo. O que a matou foi a água, que lentamente subia enquanto a banheira enchia, até tapar seu nariz e boca, sem que ela pudesse fazer nada para sair dali, apenas desesperadamente esperando sua morte chegar."
"Depois desse acontecimento, é como se eu tivesse me tornado um imã de problemas hidráulicos. A cada 2 meses, algum vazamento acontecia, algum cano estourava... Chegou ao ponto de eu fazer um pequeno curso técnico de encanador para poder pelo menos arrumar a maioria desses problemas sozinho."
"E então... desde ontem, minha esposa tem reclamado do gosto estranho da água. Ligando para a prefeitura, eles continuam afirmando que está tudo normal na rede hidráulica local. Mas a água estava realmente com uma coloração estranha e uma consistência até... viscosa."
"Minha esposa inclusive afirmou sentir a torneira "puxando" a mão dela para dentro, eu fui testar e... de fato a água parecia puxar, cada vez mais forte. Tive até dificuldade de fechar a torneira."
"Obviamente, devia ter algum problema com a pressão nos canos, pensei. Fechei o registro hidráulico e abri todas as torneiras da casa ao mesmo tempo, para verificar a pressão nos canos."
"Então percebi que deveria ter escutado minha mãe... "Se deixar a torneira aberta, ela se desperta". Mas dessa vez o fluxo da água estava bloqueado pelo registro, não havia nenhuma saída de água."
"Sete torneiras abertas ao redor da casa, todas clamando pela Mulher Afogada, e nenhuma permitindo sua passagem. Se tivesse alguma fonte de água ainda aberta nessa casa, eu estaria em grandes problemas..."
"E, bem, como eu disse no início, agora só resta esperar até que o encanador finalmente encontre o cano certo na piscina... o que está entupido com minhas partes que ela ainda não quis devorar."
Habilidades[]
- Forma de Sangue: A Mulher Afogada se mantém em forma líquida de Sangue, se locomovendo por onde quiser como queira.[8] Além disso ela consegue se regenerar absorvendo reservas de líquido mucoso próximas.[11] Essa forma é desfeita apenas quando resolvido seu Enigma de Medo.
- Afogar em Sangue: Enquanto na forma de líquido, a Mulher Afogada invade os orifícios no rosto da vítima, afogando-a em Sangue.[12]
Curiosidades[]
- Wanderley descreve seu primeiro contato com o paranormal com uma aparente Mulher Afogada na Chapada Diamantina.[13]
- Mulher Afogada possui uma música tema: "A Mulher Afogada"
Galeria[]
Referências[]
- ↑ Desconjuração - Episódio 9 (assistir no YouTube em 3h27m07s)
- ↑ 2,0 2,1 2,2 Conto "A Mulher Afogada" em Desconjuração - Episódio 17 (assistir no YouTube em 43m28s)
- ↑ Ritual de Assombração Forçada em Desconjuração - Episódio 21 (assistir no YouTube em 2h10m41s)
- ↑ Desconjuração - Episódio 17 (assistir no YouTube em 2h03m47s)
- ↑ Desconjuração - Episódio 13 (assistir no YouTube em 1h21m55s)
- ↑ Desconjuração - Episódio 17 (assistir no YouTube em 1h30m54s)
- ↑ Sua aparição em Desconjuração - Episódio 17 (assistir no YouTube em 1h13m37s)
- ↑ 8,0 8,1 Desconjuração - Episódio 13 (assistir no YouTube em 1h12m39s)
- ↑ Desconjuração - Episódio 13 (assistir no YouTube em 1h18m23s)
- ↑ Relato de Frederico Mare em Desconjuração - Episódio 17 (assistir no YouTube em 3h18m33s)
- ↑ Desconjuração - Episódio 17 (assistir no YouTube em 1h27m58s)
- ↑ Desconjuração - Episódio 17 (assistir no YouTube em 1h13m39s)
- ↑ O Segredo na Ilha - Episódio 5 (assistir no YouTube em 4h30m13s)