[...] Uma coisa se tem certeza: ao entrar em uma civilização de Luzidios, você não pode ir embora.
Livro de Regras de Ordem Paranormal RPG
Os Luzidios são humanos que dedicam todo o tempo de suas vidas à entidade conhecida como Parasita de Dimensões, vivendo em cidades anacrônicas e isoladas, tais como Santo Berço e Heilag Vagga, que sempre se formam ao redor da Relíquia de Morte. Viver em uma dessas civilizações significa possuir uma conexão com o Parasita de Dimensões, que cria uma espécie de Hipnose ao seu redor, fazendo os Luzidios viverem uma ilusão compartilhada, onde o ambiente em volta gera conforto, prazer e, consequentemente, dependência. Ter contato direto com a cidade anacrônica eventualmente te tornará um de seus habitantes.
História[]
Não parece ser possível saber ao certo onde ou quando a primeira manifestação dessas cidades anacrônicas surgiu, pois o ponto-chave de sua criação, a Relíquia de Morte, se move através do tempo, e não do espaço. Porém, existem registros desses vilarejos de Luzidios espalhados pelo mundo por toda a história da humanidade, com seus nomes seguindo sempre a mesma linha de raciocínio, como "Santo Berço", "Início Sagrado", "Princípio Divino" ou "Começo Eterno" em diversas línguas.
Comportamento[]
O comportamento dos Luzidios parece variar dependendo da civilização, com alguns povoados tratando os "Ignaros", nomenclatura que utilizam para se referir à visitantes, de forma amigável e pacífica, os acolhendo para que eventualmente se tornem Luzidios, enquanto outras agem de forma agressiva e territorialista, evitando ao máximo a entrada desses Ignaros no vilarejo.
Os Luzidios encontrados pela Equipe E no Santo Berço de Carpazinha seguiam a primeira opção, agindo de forma amigável com os agentes, apesar de surpresos pela chegada de visitantes novos sem a presença de um "Peregrino", o Luzidio responsável por trazer novas pessoas ao vilarejo. Além disso, os habitantes desse Santo Berço pareciam abandonar seus nomes após se tornarem Luzidios, referindo-se uns aos outros apenas pela função do indivíduo na cidade, como "O Minerador", "A Fazendeira" ou "O Porteiro", sendo sempre liderados por aquele no cargo de "Ferreiro", responsável por guiar os novos Ignaros pela cidade.
Todas as civilizações Luzidias parecem renegar avanços tecnológicos ou qualquer tipo de relação com o Elemento de Energia, até mesmo o próprio fogo. Por exemplo, o Santo Berço de Carpazinha não possuía qualquer tipo de eletricidade, sendo similar à um vilarejo medieval, e até mesmo a chama de um isqueiro era o suficiente para atiçar a cidade, que parecia conscientemente enviar criaturas em direção ao responsável pelo incidente. Além disso, o tempo dentro desses vilarejos parece passar de forma diferente, existindo em uma espécie de dimensão distorcida em relação ao resto do mundo.
Características[]
Devido a alta exposição paranormal adquirida por conta da proximidade de suas civilizações ao Parasita de Dimensões, a aparência dos Luzidios é transformada, recebendo características similares às de pessoas com afinidade ao Elemento de Morte. A pele desses indivíduos adquire uma coloração acinzentada, com o tom variando de pessoa para pessoa, seus olhos se tornam completamente pretos e sem pupilas, com cores de cabelo variando entre preto, branco, cinza e até tons mais azulados, suas orelhas ficam pontudas e padrões formados por faixas pretas surgem em seus rostos, variando de cidadão para cidadão.
Os Luzidios encontrados pela Equipe E no Santo Berço de Carpazinha costumavam utilizar vestimentas de aparência medieval, como coletes e botas de couro ou outras vestimentas simples, alguns chegando até a utilizar armaduras caso necessário para a função do sujeito no vilarejo, como o Guarda e a antiga Ferreira. Os Luzidios eram capazes de retornar à sua aparência "Ignara" original se desejassem, mas costumavam sempre se sentir mais confortáveis com a sua aparência transformada.
Já os Luzidios enviados por Nubi, uma das Escriptas subordinadas de Kian, para a Mansão Leone no 10º episódio de Calamidade pareciam utilizar vestes com inspirações egípcias, constituídas por panos brancos com acessórios dourados marcados com detalhes em espiral, além de não apresentarem pele acinzentada e possuírem tatuagens de textos pelo corpo todo, assim como os Escriptas. Além disso, esse novo povoado parece ter uma postura mais agressiva do que o anterior, tendo até mesmo armamentos com formatos em espiral que utilizaram na batalha contra os agentes. Não só isso, como esses Luzidios, diferentemente dos encontrados pela Equipe E, possuíam uma linguagem única, com frases e palavras que soavam como se estivessem sendo ditas ao contrário.
Curiosidades[]
- Durante a missão da Equipe E em Santo Berço, Elizabeth Webber foi a única integrante do grupo a não utilizar sua forma luzidia, acreditando fielmente que não foi capaz de atingi-la.[1] Porém, foi revelado no episódio "Revelando O Segredo na Floresta" que a personagem seria sim capaz.[2]
- Durante a estadia da Equipe E no Santo Berço, a forma Luzidia dos protagonistas era "desbloqueada" a partir de uma barra de sanidade secreta, que diminuía à medida que os agentes interagissem com a cidade.[3]
Referências[]
- ↑ Desconjuração - Episódio 6 (assistir no YouTube em 58m14s)
- ↑ O Segredo na Floresta - Episódio 17 (assistir no YouTube em 59m17s)
- ↑ O Segredo na Floresta - Episódio 17 (assistir no YouTube em 1h03m26s)